sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Faxina na Alma


Já repararam como uma verdadeira FAXINA é limpeza na casa e leveza na alma?
Pois então, estou já há alguns dias fazendo a minha... 
Aquelas em que se perde um dia inteiro quando nos deparamos, por exemplo, com uma caixa recheada de fotos... começamos à recordar cada uma delas e quando nos damos conta... horas se passaram ali, enquanto o nosso tempo, era outro.


 As FAXINAS sempre me recolocam em outro lugar, à medida que vou colocando os móveis para dançar em minha casa... eu vou me recolocando na VIDA também.
É como se trocar móveis de lugar, me autorizasse à sair do lugar  e cada vez que me surpreendo com a novidade daquela peça em novo lugar, eu me lembrasse do lugar que me recoloquei também.


Recomendo que FAXINAS sejam feitas quando o desejo é sentir leveza... o corpo cansado, a alma remexida, a casa arrumada... flores nas jarras, cheiro gostoso, banho quente. Eu me reCOMPONHO... reCOMPONDO a minha casa...


Permitindo que as coisas conversem de outra forma, dentro e fora de mim... fazendo misturas de coisas que muitas vezes, aparentemente, nem combinam. Mesmo que solitariamente acreditasse que elas não teriam comunicação alguma... elas conversam.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Chegada Da Televisão no Lar dos Barbosa...




Vovó Nina (Maria Barbosa)
Mãe de 4 filhos entre eles meu Pai Aloysio. 

Vovó Nina foi a primeira mulher que vi costurar à máquina, ela me fez um vestido rosa em tempos de novela "As Três Marias" .







Sua irmã, a Tia Alba, trabalhou numa famosa camisaria no Rio de Janeiro (audaciosa que foi para sua época).

Uma história de minha avó Nina? 

Procurava uma história que me falasse mais sobre mim.
Saber sobre minha avó é saber mais de mim.
E a história que colhi fez ponte com muita coisa que herdei...





A televisão finalmente chega ao lar dos "Barbosa"... 
Televisão naquela época era coisa muito rara. 
Objeto desejado.
Uma enorme caixa.
Abrem ansiosos a caixa.
Minutos depois estão todos ao redor da televisão
Menos ela...
Algo encantava minha avó Nina mas não era aquela televisão...
Seus olhos, ainda vidrados na caixa...
O por que?
Porque a caixa era perfeita para guardar as suas rendas...



Vovó Nina por ter sido assim tão especial emprestou seu apelido, como nome, para três de suas bisnetas... na família Barbosa, além da curiosidade de avós que tinham o mesmo sobrenome, a tradição de família é repetir nas meninas nomes de mulheres que escreveram suas histórias com linhas, agulhas, tesouras, caprichos, dengos, afetos e uma dose extra de peculiaridades... mulheres singulares... NINAS!




NINA BARBOSA ROCHA, neta de Aloysio, filho de Dona Nina, pai de Mariana Gonçalves Barbosa que recebeu o nome da Bisavó Materna... outra história à ser contada um dia desses...
NINA DE BRITO PERNISA, neta de Sonia Barbosa, filha de Dona Nina, mãe Carlos Pernisa Júnior (Junito) que recebeu o nome da Bisavó 
NINA SIQUEIRA BORGES, neta de Edith Barbosa, filha de Dona Nina, mãe de Marcelo Barbosa Borges também recebeu o nome da Bisavó




E agora está completa a galeria das Ninas, agradeço à Fabiana Pernisa e Lucila Siqueira por me cederem as imagens que faltavam para que a Galeria das NINAS ficasse completa. Na nossa família a figura feminina é que nomeia suas descendentes!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Um cantinho... um violão!
Um cenário perfeito...


Que resultou nessa criação...

SOBRE OS RESGATES - Marla de Queiroz - Flores de Dentro
O que eu lia?
 Flores de Dentro


"Não aprendi a empinar pipas, mas a empilhar frases. E tive que me familiarizar com desmoronamentos. Por isso, procuro palavras regeneradas que façam algum traço de cor no céu. Eu não aprendi a desenhar fatos novos, mas a restaurar letras encontradas em entulhos e paisagens adoecidas pelo tempo. Às vezes, entre os destroços, eu descubro paradoxos como um mar de águas-vivas mortas. Às vezes, entre os escombros, eu recupero uma alegria virando pelo avesso a tristeza empoeirada. Um dia, eu reconstruí um poema apenas com os detritos de uma flor. E ressuscitei uma metáfora que estava dentro de uma frase irrecuperável...
Minha poesia nada mais é do que a tentativa de resgatar essas emoções soterradas."
MARLA DE QUEIROZ
 
Um encontro de Dorothys


Encontro marcado!
Surpresa no encontro dos pés...
Muita identificação!!!!
Eles já conversavam... ANIMADOS!
Miguel e Café

A charmosa Tequila filha de quem fez a encomenda:
eternizando uma tarde
A simpliCIDADE de um violeiro Sebastião
A feliz CIDADE de um menino pintor




Só sei criar aquilo que conta história...
As sacolas do Relicário Urbano têm trilha sonora, texto, ambientação, e tudo mais que me toca e que me faz entender que preciso retratar sentimento para continuar viva...
As sacolas de feira do tempo da vovó, com temperinho bem mineiro são encontradas no site:

  

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O PALHAÇO

‎"Benjamin você precisa dormir..." 
Agora eu compreendo a magia do circo, mais do que compreendi na infância...
O Circo Esperança de Selton Mello despertou em mim, despertou à mim.
Eu compreendi que às vezes temos vontade de fugir com o Circo, de fugir para o Circo, de sair dos círculos que nos propomos à fazer todos os dias, sem nos darmos conta que podemos traçar outros caminhos, que podemos nos
 nossos próprios círculos descortinar alegria. Pois a beleza, eu sempre soube, está na simplicidade, a poesia está no cotidiano, mas a felicidade... há... onde está a felicidade minha gente? Felicidade é uma coisa repentina, envolvente, que a gente só percebe que sente quando acaba de passar...
Assim como o Circo, a felicidade é mambembe, não pertence à ninguém... é coisa corriqueira e de cada um... o que te faz feliz, talvez não me faça, e passa...
Se sua vida anda meio sem graça e você acha que a felicidade anda distante, compre um ventilaDOR... ventile pra longe as tragédias e aprenda com essa trupe que aquilo que o olhar muitas vezes silencia, em algum momento faz todo contorno e todo sentido... que história linda, que domingo de bênçãos, conhecer São Filomeno, o protetor dos artistas por essa ótica tão singular.
Hoje eu não tenho sono, tenho fome... fome de ver mais uma vez essa história tão linda!
Se está procurando e não está encontrando a tal da alegria, se dê de presente um intervalo na vida, na frequência dos círculos e vá ao CIRCO!
Vá ao CIRCO no CINEMA! E se permita olhar essa história com a merecida sensibilidade que ela necessita para que seja ainda mais linda... veja como esses personagens se comportam e como eles aguardam o momento exato de entrar em cena e provocar no outro a necessidade de uma reavaliação, de uma reflexão, de uma mudança... nada escapa ao olhar nesse lindo filme, ali se tratou de muitas coisas que vivemos no cotidiano, mas eles sabem conduzir a história de uma forma que nada acontece fora do tempo...
Hoje Benjamin precisa dormir... mas ele me desperta!


O PALHAÇO... uma obra prima!